Quando um fornecedor de tecnologia falha, seus rivais geralmente comemoram a notícia. Isso acontece em quase todos os mercados, menos no segmento de Business Intelligence (BI) sob demanda, após o encerramento da empresa LucidEra, em junho, nos Estados Unidos.
A companhia era vista como promissora e recebeu quase 21 milhões de dólares em investimentos de capitalistas importantes, mas seu encerramento mostrou que o mercado de BI sob demanda necessita de grandes aperfeiçoamentos. Sem contar que, com a falência de uma empresa nessa altura, o modelo perde confiabilidade.
A IBM, por exemplo, está apenas começando pesquisas para lançar uma versão web para o Cognos, seu software de BI. “O modelo de dados é diferente de companhia para companhia, motivo pelo qual a empresa não pode simplesmente colocar o software em um ambiente ocupado por diferentes empresas”, afirma o gerente geral de BI da IBM, Rob Ashe.
Segundo o executivo, a IBM gosta dos benefícios da nuvem, principalmente de sua elasticidade e escalabilidade. “No entanto, você precisa lidar com realidades como segurança e movimentação de dados”, afirma.
A Sybase, empresa que tem o BI como um dos seus principais negócios, ainda não vê uma demanda forte por parte de seus clientes para a venda de um serviço de BI sob demanda, de acordo com o chefe de tecnologia da corporação, Irfan Khan. A Microsoft também já declarou que não tem planos de implantar sua solução de BI na nuvem antes de 2013.
O analista independente Mery Adrian que o conceito ainda é muito assustador para a maioria das empresas. “A maioria das corporações não está disposta a jogar dados estratégicos na nuvem. Estruturalmente, não há uma boa razão para fazê-lo”, diz.
Para vencer a resistência, os fornecedores de BI devem proporcionar facilidade de uso e que os dados cheguem onde eles precisam estar. “Se isso não acontecer, as companhias que adotarem vão acabar abandonando a solução", diz Adrian.
O co-fundador da empresa de BI sob demanda Birst diz que o valor da proposta do modelo continua forte. “Quando você compra um software tradicional, gasta-se ainda de 3 a 5 dólares sobre cada licença em serviços para fazer o projeto acontecer. No modelo sob demanda, a implementação é muito mais fácil e rápida”, diz.
Outros fornecedores de BI, como a norte-americana ParAccel, ainda acham inviáveis a aplicação do modelo. De acordo com o chefe de tecnologia da companhia, Barry Zane, seu produto focado em data warehouses com mais de 100TB de capacidade não conseguiria ter a performance necessária em uma nuvem pública. “Você precisa de servidores grandes, com gargalos previsíveis. Esse é o maior ponto fraco das nuvens”, afirma Zane.
O analista da Forrester, Boris Evelson, acredita que as empresas pequenas e médias vão puxar a adoção, pois são as que precisam de boas soluções colaborativas com custo menor. Segundo Mery Adrian “vai levar um bom tempo, mas eventualmente as grandes também entrarão na tendência. É como a adoção dos softwares de código aberto: leva tempo até que os desbravadores entrem e provem ao mercado que é suficientemente seguro”.
B.I nas Nuvens - 2º Parte - 23% das empresas usarão BI na nuvem segundo pesquisa
A companhia era vista como promissora e recebeu quase 21 milhões de dólares em investimentos de capitalistas importantes, mas seu encerramento mostrou que o mercado de BI sob demanda necessita de grandes aperfeiçoamentos. Sem contar que, com a falência de uma empresa nessa altura, o modelo perde confiabilidade.
A IBM, por exemplo, está apenas começando pesquisas para lançar uma versão web para o Cognos, seu software de BI. “O modelo de dados é diferente de companhia para companhia, motivo pelo qual a empresa não pode simplesmente colocar o software em um ambiente ocupado por diferentes empresas”, afirma o gerente geral de BI da IBM, Rob Ashe.
Segundo o executivo, a IBM gosta dos benefícios da nuvem, principalmente de sua elasticidade e escalabilidade. “No entanto, você precisa lidar com realidades como segurança e movimentação de dados”, afirma.
A Sybase, empresa que tem o BI como um dos seus principais negócios, ainda não vê uma demanda forte por parte de seus clientes para a venda de um serviço de BI sob demanda, de acordo com o chefe de tecnologia da corporação, Irfan Khan. A Microsoft também já declarou que não tem planos de implantar sua solução de BI na nuvem antes de 2013.
O analista independente Mery Adrian que o conceito ainda é muito assustador para a maioria das empresas. “A maioria das corporações não está disposta a jogar dados estratégicos na nuvem. Estruturalmente, não há uma boa razão para fazê-lo”, diz.
Para vencer a resistência, os fornecedores de BI devem proporcionar facilidade de uso e que os dados cheguem onde eles precisam estar. “Se isso não acontecer, as companhias que adotarem vão acabar abandonando a solução", diz Adrian.
O co-fundador da empresa de BI sob demanda Birst diz que o valor da proposta do modelo continua forte. “Quando você compra um software tradicional, gasta-se ainda de 3 a 5 dólares sobre cada licença em serviços para fazer o projeto acontecer. No modelo sob demanda, a implementação é muito mais fácil e rápida”, diz.
Outros fornecedores de BI, como a norte-americana ParAccel, ainda acham inviáveis a aplicação do modelo. De acordo com o chefe de tecnologia da companhia, Barry Zane, seu produto focado em data warehouses com mais de 100TB de capacidade não conseguiria ter a performance necessária em uma nuvem pública. “Você precisa de servidores grandes, com gargalos previsíveis. Esse é o maior ponto fraco das nuvens”, afirma Zane.
O analista da Forrester, Boris Evelson, acredita que as empresas pequenas e médias vão puxar a adoção, pois são as que precisam de boas soluções colaborativas com custo menor. Segundo Mery Adrian “vai levar um bom tempo, mas eventualmente as grandes também entrarão na tendência. É como a adoção dos softwares de código aberto: leva tempo até que os desbravadores entrem e provem ao mercado que é suficientemente seguro”.
B.I nas Nuvens - 2º Parte - 23% das empresas usarão BI na nuvem segundo pesquisa
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